
( por Vilma Ruho Osho, em discurso feito em 16 de maio de 1974)
O relacionamento é um mistério. E, por existir entre duas pessoas, depende de ambas.
Sempre que duas pessoas se encontram, um novo mundo é criado. Justamente pelo encontro, um novo fenômeno vem à
existência - o qual não existia antes, o qual nunca existiu. E através desse novo fenômeno, as duas pessoas são mudadas e
transformadas.
Não-relacionado, você é de um jeito; ao se relacionar, imediatamente fica diferente. Uma coisa nova aconteceu.
Uma mulher, quando se torna mãe, não é mais a mesma. Um homem, quando se torna pai, não é mais o mesmo. Uma
criança nasceu, mas não compreendemos um dos ângulos, de modo algum - no momento em que a criança nasce, a mãe
também nasce. Ela não existia antes. A mulher existia, mas a mãe nunca. E uma mãe é algo totalmente novo.
O relacionamento é criado por você, mas, por sua vez, ele também o cria. Duas pessoas encontram-se, isto significa que dois
mundos se encontraram. Não é algo simples - é muito complexo, é o que há de mais complexo. Cada pessoa é um mundo
em si mesma - um complexo mistério com um longo passado e um futuro eterno.
No começo, apenas as periferias se encontram. Mas, se o relacionamento cresce intimamente, fica-se mais próximo, mais
profundo, então, pouco a pouco, os centros se encontram. Quando os centros se encontram, isto é chamado de amor.
Quando apenas as periferias se encontram, há uma familiaridade. Você toca a pessoa pelo lado de fora, só no contorno,
então, fica familiarizado. Muitas vezes, você começa a chamar essa familiaridade de amor. Então entra numa ilusão.
Familiaridade não é amor.
O amor é muito raro.
Encontrar uma pessoa em seu centro é passar por uma revolução em si mesmo, porque se você quiser encontrar o centro do
outro, terá de permitir que o outro, também chegue ao seu centro, terá de tornar-se vulnerável, absolutamente vulnerável,
aberto.
É arriscado. Permitir que alguém chegue ao seu centro é arriscado, perigoso, porque nunca se sabe o que essa pessoa fará.
E quando todos os seus segredos forem conhecidos, quando o que está oculto torna-se visível, quando você tiver se exposto
completamente, o que essa outra pessoa fará, nunca se sabe.
O medo surge. Eis porque nunca nos abrimos. Basta uma familiaridade, e pensamos que o amor aconteceu. As periferias se
encontram, e pensamos que nós é que nos encontramos. Você não é a sua periferia. Na verdade, a periferia é o limite onde
você termina, apenas a cerca a seu redor. Não é você!
Até mesmo os maridos e as esposas que viveram ou vivem juntos por muitos anos, podem ser apenas familiares. É possível
que não tenham conhecido um ao outro. E quanto mais você viver com alguém, mais se esquece de que os centros continuam
desconhecidos.
Portanto, a primeira coisa a ser compreendida é: Não confunda familiaridade com amor.
Você pode fazer amor, pode estar sexualmente relacionado, mas o sexo também é periférico. A menos que os centros se
encontrem, o sexo é apenas um encontro entre dois corpos, não é um encontro. O sexo também permanece na familiaridade -
física, corporal, mas ainda familiar.
Você só permite que alguém entre em você, em seu centro, quando você não está com medo... quando não está temeroso.
(Série de Leitura Krauze 'Almas Gêmeas' )
**************************************************************
"Nada é pequeno no amor.
Quem espera as grandes ocasiões para provar a sua ternura
não sabe amar".
"(Laure Conan)".
Adorei me aventurar por estas terras quentes.
Olha que posso viciar rs.
Já te add no meu....
Estarei sempre aqui....
Sua caixa de conversa não esta funcionando?
Besitos
Postar um comentário